quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SUS

Tempo para receber o resultado de um exame: 3 meses.

Tempo para realizar um raio-x de tórax: 2 meses.

Aparelhos de exame de sangue e eletrocardiograma quebrados por mais de 1 mês.

Tempo de espera para marcar uma cirurgia: mais de 6 horas numa fila. O médico não tem horário para chegar, informa o recepcionista.

Isso, e mais algumas coisas, tem acontecido comigo e meu noivo.

Minha mãe demorou 2 anos para operar seus miomas, mesmo com hemorragias constantes.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mídia e educação, comunicação e educação

 Minhas reflexões, conduzidas pelo curso, se aprofundaram mais do que eu poderia imaginar, me fazendo repensar toda minha prática docente e minhas ideias a respeito da educação.

Encontrei no site do MEC um outro curso:

http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/index6.html#

E na Educarede encontrei um grupo de estudos on-line:

http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm

Imagem do curso Midiaeducação

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Meu blog de ficção

Está reativado. Com novo nome:


http://escritosdecadentes.blogspot.com/

Caramba, que nostalgia! E que angústia me ver realizando agora os sonhos que tinha há 3 anos, com muito sacrifício.

Parece que se passaram 3 séculos.

Neste período perdi uns 10 quilos. Quase casei 2 vezes. Fui usada e usei. Tentei viver de uma forma impossível, me afundei, estou me reerguendo. Arranjei gatos, saí da casa da minha mãe, formei minha própria família. Abandonei uma pós-graduação, começei uma nova graduação. Fiz concursos públicos e fui convocada; fui demitida de escolas particulares e um curso de inglês. Começei a estudar algumas línguas, fiz amigos, mudei de cidade, cortei o cabelo, coloquei um piercing no nariz.

Mas isso é pouco. Pra quem perdeu muito tempo isso é muito, muito pouco. E eu vou fazer muito, muito mais.

Recomendo a leitura do que escrevi. Não por eu ter escrito, mas por que não são textos ruins.

É engraçado, mas aquela é outra pessoa que sou eu.

Mas vou interromper e colocar fotos comparativas daquela época e de agora, em ordem cronológica.





sábado, 13 de novembro de 2010

Cavalo branco

Ontem, em um de meus passeios noturnos acompanhada do noivo, vi um lindo cavalo branco, enorme, deitado em um terreno baldio. Não resisti e me aproximei. Amo cavalos. Mas, que animal não amo?

Ele se levantou assustado e se afastou. Insiti. Meu noivo me instruiu a ser mais segura e deu certo. Ergui minha mão e fui me aproximando, conversando, encarando aquele enorme olho terno cheio de medo.

Consegui. Toquei sua testa a princípio relutante e então ele se entregou ao carinho. Mas não só isso, ele também me mostrou o motivo de seu medo, virou a cabeça e então vi que ele não tinha o olho esquerdo.

Continuei a conversa, o carinho, lhe disse que tudo ia ficar bem. Mas não tenho certeza.

Free Mini Trellis Doily Pattern

Free Mini Trellis Doily Pattern

Amo crochê, tricô, bordados, pinturas, trabalhos manuais em geral. Deixo o link de um site que possui algumas receitas de crochê.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eleições do Conselho Tutelar de Cabo Frio - 2010

Eleições do Conselho Tutelar - 2010
1º Distrito Cabo Frio
No dia 12 de dezembro pratique a cidadania, pelos direitos da criança e do adolescente, compareça e vote por um Conselho Tutelar atuante.

Eleição:12/12/2010-Das 8:00 às 17:00h. 

Leve Título e documento oficial com foto! Acima de 18 anos de idade.

 DIVULGUEM!!! 

 

 

Hachiko, o cão fiel


Dia 10 foi o aniversário de Hachiko, um cão que esperou o retorno de seu dono em uma estação de trem por 10 anos.

Leia a comovente história aqui.

E baixe o filme que a retrata, aqui.

Revista com atividades em inglês

 Elaborei para meus alunos uma revista que reune diversas atividades em níveis variados e inclui textos. Use à vontade e edite se precisar. Só solicito, que do mesmo modo eu fiz, os créditos sejam dados, mesmo que o meu trabalho tenha sido apenas o de procurar as atividades, editar, formatar, reunir e não realmente criar. Não precisa deixar meu nome na capa, mas quando repassar diga que fui eu que fiz!

Irei realizar outros números, essa foi a edição 1, por isso aceito comentários (positivos ou negativos, desde que pertinentes) e sugestões.

Segue o link para download:

http://www.4shared.com/document/pNcHcZsQ/EMMC.htm

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Boa sorte!

E parabéns!


Obs.: Achei bom também acrescentar que o "boa sorte" não se deve a nossa presidente estar conversando com essas gracinhas não (quero uma assim, desse modelo), mas ao seu trabalho, que será duro.
Depois de certas coisas que vi por aí acho melhor me explicar e ser repetitiva que permitir erros de percepção. Não por mim, é claro, pensem de mim o que quiser, mas pelo próprio erro. Se eu puder evitar que as pessoas se enganem eu irei pelo menos tentar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Urubus comem cães vivos debilitados em rua da zona leste de SP

  Retirado de http://www.anda.jor.br/2010/11/01/urubus-comem-caes-vivos-debilitados-em-rua-da-zona-leste-de-sp/

São abandonados para morrerem

Urubus comem cães vivos debilitados em rua da zona leste de SP

01 de novembro de 2010

Fabio Vicentini
fabiodivulgando@yahoo.com.br
 
Há uma rua, em São Paulo, que é um depósito de cães. Se ainda fosse de cães mortos, só restaria se reclamar do cheiro e tentar fazer alguma coisa. Mas não é. A rua Armando Baroni, que fica no Park Savoy City, na Zona Leste da cidade de São Paulo, é um depósito de cães vivos! Eles são abandonados nessa rua para morrer.
A protetora Simone, há um tempo divulgou esse lugar, mas sozinha não está conseguindo chamar atenção das pessoas para o problema. Uma pessoa ou duas, não conseguem dar conta do absurdo que acontece nessa rua.
Os urubus estão matando os animais debilitados. Cobrar de quem? A quem recorrer?





LeTroca

Descobri este jogo, muito interessante e viciante de montar palavras com uma determinada combinação de letras. Tente!

sábado, 30 de outubro de 2010

Que livro eu sou?

Eu não gosto da Editora Abril e de sua postura tão cara de São Paulo, mas fui em um de seus sites em busca de alguns materiais educativos e encontrei um teste, que fiz de bricadeira. As respostas não serviam para mim em sua maioria absoluta. Não partilho da visão de mundo metropolitana e capitalista que focam, mas o resultado recomendou bons livros. Não considerem que a resposta deste teste possa representar qualquer verdade sobre mim. Porém, como senpre é bom recomendar leitura, deixo aqui o resultado.

Além do mais, para realizar o teste temos que ler as perguntas e as opções de resposta. ;-)
Clique aqui para fazer você também.



Resultado




Ruy Castro
Foto: Rodrigo Braga

Você é... "Carmen – Uma biografia", de Ruy Castro
Boa história é com você mesmo. Adora ouvir, contar, recontar. As de pessoas interessantes e revolucionárias são as suas preferidas. Tem gente que liga para você só para saber das últimas fofocas. E confesse: com seu jeitinho manso e detalhista, você dá aos fatos um sabor todo especial. Além disso, não se contenta em reproduzir o que já foi dito. Por isso, se fosse um livro, você só poderia ser uma boa biografia, daquelas que faz os leitores deitarem na rede do fim de semana e se entregarem às peripécias de uma grande personagem. Aliás, você já pensou na profissão de repórter? Ou de escritor?
"Carmen – Uma Biografia" (2005), sobre Carmen Miranda, é uma das aclamadas biografias publicadas por Ruy Castro, também jornalista e tradutor, considerado um dos maiores biógrafos brasileiros.
Machado de Assis
Foto: Divulgação

"Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista, mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro... Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade - um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem.
"Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.
Clarice Lispector
Foto: Divulgação

"A paixão segundo GH", de Clarice Lispector
Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.
Assim é também "A paixão segundo GH", obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única.

Carlos Drummond de Andrade
Foto: Divulgação

"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade
"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.
"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.

João Cabral de Melo Neto
Foto: Divulgação

"Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto
Às vezes você tem uma séria vontade de estapear as pessoas, só para fazê-las acordarem e perceberem as injustiças deste mundo. Como podem viver em seus mundinhos banais, quando há quem passe fome e totalmente à margem de qualquer conforto ou assistência? Esta talvez seja a sua maior revolta. Por isso, você tenta fazer a sua parte. Talvez por meio de um trabalho voluntário, participando de movimentos populares ou somente se exaltando em rodas de amigos menos engajados. De qualquer maneira, você consegue de fato comover pessoas com seu discurso apaixonado e, ao mesmo tempo, baseado numa lógica de compaixão e igualdade que ninguém pode negar. Essa missão é mais do que cumprida pelo belo "Morte e vida severina" (1966), poema dramático escrito pelo pernambucano Melo Neto que se tornou símbolo para uma geração em conflito com as consequências sociais geradas pelo capitalismo selvagem.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Na capa da Nova Escola

É uma brincadeira legal. Tente!


Criado no siteVocê na capa de NOVA ESCOLA.

SAERJ

Mantendo o tema educação, estava olhando o site da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC), minha patroa, para lançar as notas no Conexão Educação - assunto que merece um post a parte.

Bem, fui olhar o fórum do Saerj para tirar minhas dúvidas, já que mês que vem meus alunos realizarão esta avaliação e a única pessoa que me forneceu informações concisas foi Sônia Jobim, uma sociologa e colega de trabalho. O que pude observar no fórum é: assim como eu, ninguém sabe nada além de que a prova será aplicada e ponto. Continuarei pesquisando, tentando entender.

Todos podem pensar que o site fornece todas as informações, etc, é bem simples... Não, não é bem assim. O modo como as coisas acontecem nas escolas estaduais e como o trabalho da SEEDUC é realizado é bem confuso. É preciso correr atrás para saber das coisas, entender as coisas, compreender como devem ser realizadas e como funcionam. E como eu quero saber, eu corro...

Eu iniciei minha carreira no Estado como professora de Português este ano, em Março, após o início das aulas, pega de surpresa, pois a maioria das convocações de concurso para magistério é feita ao longo do ano, mesmo que a Secretaria Estadual tenha conhecimento da falta de professores. Comecei a lecionar Inglês em outubro do ano passado. Os alunos estavam há 2 anos sem professor desta disciplina e eu aguardando 2 anos a convocação após ter sido aprovada em concurso público.

A avaliação diagnóstica ocorreu pouco tempo depois de minha entrada na escola. Fui avisada, mas não recebi informações, todos estavam confusos e eu não sabia da existência deste site. Se eu quiser saber das coisas é necessário consultar o site, consultar a escola, estudar. É preciso muito empenho, um empenho que acho desnecessário, diga-se de passagem. Apenas porque a simplicidade do sistema poderia ser real. O que falta para funcionar?

Mais uma questão para refletir...

Fórum do SAERJ:
http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cafezinho-forum.asp

Comentário de Sônia:

http://soniajobim.blogspot.com/2010/06/prova-saerj-de-portugues-3b-e-patativa.html

Site do SAERJ:
http://www.saerj.caedufjf.net/saerj/


Feira do Conhecimento - E. E. Aspino Rocha


Sou professora de Português na Escola Aspino Rocha no período noturno e esta semana realizou-se a Feira do Conhecimento, evento anual e pelo que ouvi bastante conhecido.

Apresentei alguns trabalhos de meus alunos, que podem ser conferidos clicando na foto abaixo. O blog da escola está ali do lado. Visite!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Medicamentos que Não Devem Ser Dados aos Gatos

Pesquisando sobre pulgas e suas formas de tratamento encontramos este link interessante com uma lista de medicamentos que não podem ser administrados a gatos. Eles são bichinhos muito sensíveis e muitos dos medicamentos que tomamos não são adequados a eles. Só me assustou o fato de na lista constarem medicamentos de uso veterinário e que são acessíveis a nós facilmente, como xampus e talcos anti-pulgas. Estes porém, só podem ser usados por cães. Então, atenção! Guardem este link para sempre!




Alguns de nossos gatinhos. Dois desses já se foram.

Adeus, Osíris

Numa manhã de terça enquanto calço meus sapatos para ir trabalhar uma vizinha bate à porta:

- Seu gato está internado, vamos vê-lo.

E eu fui. E era ele. E ele estava péssimo, mas me reconheu e eu fico feliz de termos nos visto este último momento.

Agradeço muito à vizinha. Se não fosse por ela ele teria morrido na rua sem cuidado e sem carinho. Morreu horas depois de eu vê-lo, no consultório do veterinário, lugar que ele adorava e visitávamos bastante, já que ele tinha rinotraqueite e giardise. Ele tinha acabado de receber alta desta última, já que levou quase um ano para eu poder levá-lo ao veterinário para tratá-lo da diarréia constante do qual ele sofria. Só depois disto ele passou a manter o peso.

Quando eu encontrei naquele estado deplorável, um filhote cabeçudo e absudamente desnutrido, coberto de fezes, a quem eu dava leite especial todos os dias até ele ficar forte, eu chorei. Agora eu choro pela humanidade, por causa de uma criatura desumana e desalmada que roubou meu filho-gato de mim, que o envenenou e o largou na rua humilhado.

Mas o que eu me lembro é que ele era muito mimado, muito amado por todos, um grande brincalhão e sedutor de gatinhas inocentes.

Osíris, até breve!




Este é um video dele, da época em que ainda tinha giardise. Mas ele era fofo.

Ísis e Osíris

Linda imagem encontrada por meu noivo, por isso, sem créditos.

Não abandone animais

Tenho percebido uma grande insensibilidade entre os seres humanos. O que importa é o "eu". Este comportamento individualista ignora e desconsidera os sentimentos do outro.

Se entre os humanos é assim, imagine a consideração humana com os animais!

Retirei este texto de um site que oferece gatinhos para adoção. Queria todos! Os gatos são alegria, por que não querer muita?

Gostaria de argumentar que se você tem um animal você é responsável por ele, mas quando vejo tantas criançinhas largadas por aí, trancadas do lado de fora da casa porque a mãe não quer se levantar da cama para abrir a porta...


Muitas pessoas abandonam os seus animais na rua na “esperança” de que eles vão conseguir alguém muito bom ou, “se Deus quiser”, algo melhor. É a chamada crença popular de que “Deus vai ajudar.” É claro que Deus ajuda, e muito! Mas, ele não faz a nossa parte. Nós somos responsáveis pelos nossos atos e pela dor que causamos a cada ser deste planeta, seja ele quem for!
É preciso ter consciência de que o abandono, na certa, vai colocar o seu animal de estimação vulnerável a uma série de coisas, inclusive doenças fatais.

Com o abandono, o animal fica sujeito, devido às brigas, contato com meios infectados e acasalamentos indiscriminados, a uma série de doenças. As doenças mais comuns a que ficam sujeitos os gatos abandonados são as seguintes:
  • DESIDRATAÇÃO

  • DESNUTRIÇÃO ( QUE LEVA À UMA BAIXA IMUNOLÓGICA ABRINDO PORTAS PARA DOENÇAS OPORTUNISTAS COMO OS FUNGOS )

  • FERIDAS E ABSCESSOS (POR BRIGAS EM DISPUTA DE TERRITÓRIOS )

  • MIÍASE ( BICHEIRA )

  • ESPOROTRICOSE ( FUNGO SISTÊMICO )

  • FELV ( LEUCEMIA FELINA )

  • FIV ( AIDS FELINA )

  • PANLEUCOPENIA

  • PIF ( PERITONITE INFECCIOSA FELINA )


  • Com o abandono, o animal fica vulnerável a tudo que há de bom e ruim proveniente não só do meio ambiente, mas, também, do ser humano. Assim é que alguns são capturados para servir a todo tipo de maldade humana, desde às experiências por adolescentes, a atos indignos perpertuados por adultos desiquilibrados, criminosos e seguidores de credos insensíveis. Veja abaixo exemplos desses maus-tratos.
    Algumas imagens abaixo podem ser de conteúdo forte para pessoas sensíveis. Se tem certeza que quer continuar a navegar, clique aqui.

    domingo, 17 de outubro de 2010

    Exposição Islã no Centro Cultural Banco do Brasil

     Marido, eu, enfeite de cabeça de moedas e um tamanco.

    Visitei 2 vezes esta exposição esta semana, enquanto estive no Rio e tive a sorte de em ambas as vezes ela ter sido mediada. No caso, uma visita mediada é diferente da visita guiada, pois ao invés de o guia apenas nos contar fatos eles conversam com a gente e nos propõe reflexões. Foi magnífico essa nova forma de interagir com a exposição. Os mediadores eram pessoas bem bacanas e inteligentes.

    Fui logo no dia seguinte à estréia por coincidência, deu para ver a diferença na segunda vez, pois as coisas estavam arrumadas de forma diferente. Eram aproximadamente 350 peças de valor histórico que tentavam nos mostrar um pouco da realidade Islamica ao longo do tempo. O que significa que havia coisas de nosso século. Tudo era muito lindo e as informações históricas complementares bastante relevantes. Anotei muito e copiei alguns desenhos. Mal posso esperar para retornar, principalmente porque na semana que vem chegam novas peças, de arte comtemporênea, para elaborarmos um comparativo com as históricas, que já vi.



    Tudo está muito bem montado, o clima é incrível! Se puder visitar vá, e mais de uma vez, pois é muita coisa para ver.

    Agora vou ali fazer umas pesquisas pois essa exposição atiçou meu espírito!

    A exposição Islã dura até 26 de dezembro.


    Amostra de itens expostos. Retirado do blog da Sônia Jobim.


    Informações: Portal CCBB

    quarta-feira, 29 de setembro de 2010

    Nossa língua não é aleatória

    Ao contrário do que parece.

    Essa matéria da revista Nova Escola traz uma explicação simples para algumas palavras serem escritas de um jeito e não de outro.

    Como se explica a palavra obcecado ser grafada com c após o b, enquanto obsessão grafa-se com s após o b?


    Tatiana Pinheiro (novaescola@atleitor.com.br). Com reportagem de Rita Trevisan

    O sistema ortográfico em português é misto, ou seja, algumas palavras são grafadas de acordo com o critério fonético - a pronúncia -, enquanto outras são escritas com base na etimologia. Obsessão, obcecar e obcecado são exemplos de palavras que seguem o critério etimológico, pois obedecem à grafia latina, de onde provieram. Ocorre que obcecado e obsessão não têm a mesma origem, ou seja, não provêm da mesma raiz latina, diferentemente de obcecar e obcecado. Esse último termo provém do latim obcaecatus, particípio de obcaecare, que significa "cegar, tornar cego". Já a palavra obsessão também vem do latim, mas de obsessione, cujo sentido original é "assédio, cerco, bloqueio". Em síntese, obcecado e obsessão têm origens diversas, daí as grafias diferentes. Outras palavras da língua portuguesa costumam despertar esse mesmo tipo de dúvida, como acender (atear fogo) e ascender (subir). A primeira provém do latim accendere, e a segunda, do latim ascendere. As duas têm exatamente a mesma pronúncia, mas são escritas de modo diferente porque a raiz delas não é a mesma. A melhor maneira de ter certeza sobre a grafia correta de uma palavra, então, é a consulta a um bom dicionário, em que se encontra também a origem dela.

    Consultoria Ernani Terra, professor de Língua Portuguesa e autor de livros didáticos e paradidáticos.

    Pergunta enviada por Marcos Leonel de Souza, Petrolina, PE

    Documentários!

    Eu adoro documentários, é o que mais assisto na TV. Procurando um novo torrent para o Super Size Me acabei encontrando este blog que reune links para download e até alguns vídeos para assistir direto.

    DOC VERDADE

    Agora haja tempo para assistir tudo!

    OLP - um concurso de redação ajuda a escrever melhor?

    O período de produção de textos para as Olimpíadas de Língua Portuguesa já se encerrou há um bom tempo, mas os estudos sobre o assunto não. Na Comunidade Virtual da OLP foi publicado um texto com as conclusões sobre as questões do título. Confiram, é surpreendente!


    Os dois pesquisadores afirmaram que nem todos os concursos são capazes de auxiliar na formação do aluno. Para o professor Ataliba, “um concurso seria uma ação muito pontual para o ensino da redação”. Ele acredita em uma “ação contínua, em que o aluno é levado a escrever - e, sobretudo - a reescrever seu texto, até que se atinja um nível satisfatório de clareza”. É nesse sentido que a professora América faz considerações sobre a Olimpíada: “Acho que depende do concurso, mas a OLPEF não é simplesmente um concurso, ela é um projeto que visa a formação do professor num sentido mais amplo”.

    quarta-feira, 22 de setembro de 2010

    terça-feira, 21 de setembro de 2010

    Para aprender e se aperfeiçoar

    Listening: A good way to learn English

    Weena Kanadpon
    Everyone knows that there are four skills in learning a language, namely listening, speaking, reading and writing. They are always related in terms of usage, and speaking is viewed by learners as the most desirable skill in face-to-face communication in the globalization era. However, what is the answer to the following questions?
    • What do you have to do before you can speak?
    • What does a child learn before he talks?
    • What do we do before chatting?
    Listen, of course!
    Naturally, children begin listening to their parents when they are babies. They are often greeted, spoken to and admired without any response expected. Though nobody knows if the baby understands the spoken words, the process continues. Children automatically acquire such language over some time, and later on gradually produce it through actual experience. The production may be incomplete at first, but successful at last. That leads to speaking skill which is quite applicable to daily conversation.
    In learning English, listening can help improve speaking considerably. Although it is the first of all skills, it is neither the easiest nor the most meaningless. We need to hear various types of English repeatedly and continuously if we want to communicate properly, meaningfully and naturally.

    Why is listening good?

    1. When listening, we are reviewing a lot of English usage such as vocabulary, grammatical structures, intonation, accent and our own interpretation.
    2. We can learn new words and expressions by hearing them frequently.
    3. Besides the English revision, general knowledge from news, features, or even advertising spots is certainly beneficial for regular listeners.
    4. We can imitate what we hear and apply it with great confidence.
    5. Listening can be a good "hobby" while we do other things such as cooking, ironing, exercising, relaxing etc. In other words, we have no wasted time at all.
    6. Listening is also a great way to train our attention.

    How can we listen to English?

    Nowadays, radio cassette recorders are household appliances, but we often overlook their radio function. We can experience English language radio programmes almost anywhere in the world. They are usually picked up on FM bands and aired particularly for foreigners. Short wave radio programmes are another option. Two of the most easily found English language broadcasters are the BBC and Voice of America. Today, you can even access them by internet. You'll find some useful links for listening to the radio by internet, including "News in Easy English", here.
    © 2002 Weena Kanadpon
    Weena Kanadpon is a Thai teacher of English. She teaches at Thap Put Witthaya School in Phagnga, southern Thailand. She discovered for herself the value of listening to the radio, and how to find English language radio programmes in Thailand.

    Retirado de English.com .

    segunda-feira, 20 de setembro de 2010

    1º SEEJA

    A PUC realizará em outubro no Rio o 1º Seminário de Educação de Jovens e Adultos. Estou pensando em participar, seria bastante valioso já que estou trabalhando com esta modalidade de educação.

    Visite o site para maiores informações.

    quarta-feira, 15 de setembro de 2010

    Ganhe livros ou um I-pad

    Tenho uma conta no skoobs. Eu sei, é coisa de nerd, mas eu leio muito e sempre acabo me perdendo. E mesmo com esse site para me ajudar tem muita coisa que li desde que abri a conta e não está lá. Sou péssima para lembrar de títulos e autores então acaba sendo uma ótima ferramenta. Recomendo. Principalmente porque agora há esta promoção e quem não gosta de ler vai gostar de I-pad, não é? Recomendo!

    quarta-feira, 1 de setembro de 2010

    E os professores?

    No site da Secretaria Estadual de Educação direcionado aos alunos, o Conexão Aluno encontrei uma matéria interessante:
    AS NOVAS TRIBOS

    As roupas são uma mistura do punk e do rock com elementos que remetem aos desenhos animados nipônicos. Cabelos e unhas coloridos na medida do possível. As preferências culturais podem vir de um grupo mais abrangente, dos “nerds”. As gírias? Quase sempre expressões em japonês. Funkeiros, emos, “coloridos” perderam a vez, pois a tribo que vem crescendo cada vez mais nas escolas é a dos “otakus”, nome dado aos fãs de animes e mangás.

    Em um mundo super globalizado, as tendências do outro lado do planeta parecem se firmar com sucesso em terras tropicais, apesar das discrepâncias entre os países. E como uma tribo urbana bem flexível, as influências são variadas, mostrando que, hoje, ter estilo e ser “diferente” é respeitar as diferenças e saber combiná-las. É transformar diversidade em homogeneidade.

    Quer saber mais sobre as novas tribos das escolas?
    A tribo da terra do sol nascente

    Para mim é engraçado uma matéria sobre alunos otakus... seguem fotos minhas em eventos de anime, Anime Family e Araruanime respectivamente. Na segunda até estou de Gothic Lolita! (Um gênero de moda japonesa)


    PS: Hoje levarei um anime para meus alunos assistirem!

    Novos links

    Atualizando o blog acrescentei novos lugares para visitar:

    http://fredericovillar.blogspot.com/
    Blog da escola onde leciono Inglês. Poucas atualizações.

    http://aspinorocha.blogspot.com/
    Blog da escola onde leciono Português. Criado ontem por iniciativa dos meus alunos do 9º ano. Em construção.

    http://historiajogosar.blogspot.com/
    Blog da professora de história do Aspino. Tem um conteúdo incrível!

    PS: Ok, eu admito, a parte de links deste blog funciona como um "meus favoritos" em qualquer pc que eu use. Mas tem coisas legais para todo mundo!

    Cat-in-a-box


    Quem me conhece sabe do meu imenso amor pelos gatos. Agora eles são 10...

    Segue o link de uma galeria muito fofa de gatos em caixas. Fico loucas com essas galerias, morro com os vídeos de gracinhas de gatos:

    http://www.sankakucomplex.com/2010/08/18/cat-in-a-box-gallery/

    E agora, fotos exclusivas de Miucha-in-a-pot!


    É no potinho de ração! Mas agora ela não cabe mais nele... vou ali arranjar umas caixas!

    Semente

     Essa música marca um recomeço na minha vida. A letra pode não falar de coisas bonitas, mas são coisas que me tocam. E foi uma das primeiras músicas que aprendi a cantar de verdade. Deve ser minha música preferida.

    segunda-feira, 9 de agosto de 2010

    Voltando aos poucos...

    As coisas estão voltando aos eixos: As aulas da faculdade recomeçam semana que vem, talvez eu faça um curso de Antropologia e o trabalho vai bem, obrigada, já é a segunda semana.

    Passei o fim de semana no Rio, dando um jeito na casa. Agora faltam poucos móveis: guarda-roupa e armário de cozinha. Já temos gás e decoração!

    quarta-feira, 30 de junho de 2010

    Prova surpresa

    Pois é, que felicidade, prova surpresa oito da manhã de quarta-feira após muitos dias dormindo pouco e em meio a uma crise de depressão. E eu não estou sendo sarcástica não, isso realmente me deixa feliz, uma aula a menos para assistir (peraí, eu não assisti essa!) e eu já tinha estudado o que caiu. E mesmo que não tivesse estudado ia conseguir me virar, então é só lucro, menos uma coisa com que me preocupar.

    A nota de Lógica sai amanhã. Será que passei?

    Agora só faltam dois trabalhos para daqui duas semanas. Mas hoje à tarde tem mais um. O show não pode parar.

    PS: outra imagem sem créditos...

    terça-feira, 29 de junho de 2010

    Está acabando...

    O primeiro semestre.

    A copa enrolou todo meu trabalho, todo meu planejamento, sempre tem jogo em dia de aula.

    E tem a faculdade. Hoje foi a última prova de Lógica. Pronto, capítulo encerrado. Estudei feito louca, espero conseguir um bom resultado.

    Agora só faltam as outras três materias. Dois trabalhos e uma prova, ainda não posso descansar, há muito o que ler, o que pensar, o que fazer.

    Cansa, mas é divertido, estou adorando.

     PS: imagem pega com pressa no Google, fico devendo a referência.

    sábado, 12 de junho de 2010

    Psiquiatra japonês acusa queda no consumismo à esquizofrenia

    Isso é uma coisa que faz a gente pensar: houve uma queda no consumo no Japão, se as coisas continuarem assim isto poderá afetar a economia do país. Então um psiquiatra (não, ele não tem nada de economista) diz que a causa disto tudo é esquizofrenia e depressão em massa. Sim, para ele grande parte da juventude japonesa sofre de doença mental. Como o próprio artigo comenta em nenhum momento ele tenta descobrir o que causou a queda no consumo (falta de dinheiro mesmo) e diz que devemos ensinar aos jovens que o consumismo é uma virtude, que se você não gastar seu dinheiro o governo irá tomá-lo de você de qualquer maneira devido a crise e mais um monte de asneiras. Segue o artigo do site Sankaku. Caso você queira visitar o site recomendo que tenha mais de 18 anos e retire as crianças de perto do computador. A propósito, o artigo é em inglês, mas Google ou Babel Fish traduzem para você!


    The Japanese media have increasingly been raising concerns that Japan’s younger generations are no longer the bastions of mindless consumer capitalism they once were, with potentially dire consequences for the nation’s economy; a psychiatrist has even gone so far as to say this is a result of mass schizophrenia.
    Psychiatrist Hideki Wada, known for a number of books and television appearances as well as some academic publications, claims the drop in consumption is not tied to anything so mundane as Japan’s long-running economic slump, but is instead a result of mental illness.
    When asked what he considers to be the cause of the so-called “consumption collapse” amongst Japanese young people, he claims that it is an “illness” which can be explained through clinical schizophrenia and depression, which he theorises as being endemic amongst Japanese.
    Explaining this apparently completely unsubstantiated claim, he theorises that a loss of individuality caused by schizophrenia contributes to making people more susceptible to group trends, and that as a result when young people see others refraining from consumption they follow this trend (he does not approach the issue of why people might be consuming less in the first place).
    As a countermeasure he suggests doubling income taxes for workers and then allowing them to claim general consumption as expenses, in order to force people to buy rather than foolishly save their money – “if they don’t spend their money the government will take it from them, so it’ll be best for them to spend it all.”
    He also proposes education for recalcitrant consumers – “Previously we taught that saving was a virtue, but we should be teaching that consumption is a virtue instead. We should teach that if people don’t spend, the country will gradually decline.”
    For a psychiatrist to abuse the definition of a serious mental illness by applying it wholesale to an entire generation on the grounds that they do not feel the need to own cars or buy Louis Vuitton bags seems particularly grotesque, though at least he stops short of proposing compulsory medication.
    Most actual young Japanese can easily propose a plausible alternative explanation: “because we have no money,” though unfortunately the Japanese mass media seem resolutely intent on ignoring such an obvious explanation.

    Ética e Kant

    Artigo do meu professor de Ética. Boa leitura!

    Ètica: com Weber , contra Kant

    Ao longo deste ensaio *, estivemos trabalhando com uma importante dicotomia entre dois tipos de ética: a deontológica e a teleológica. Como dissemos, caracteriza o primeiro tipo as éticas de Immanuel Kant e Joseph Butler entre outras; caracteriza o segundo as éticas de Aristóteles e John Stuart Mill entre outras.
    Como vimos, de acordo com uma ética deontológica, tudo que importa é o cumprimento de uma norma de justa conduta, sem levar em consideração as intenções do agente, as circunstâncias em que ele exerce sua ação e as previsíveis conseqüências advindas desta mesma. No entanto, de acordo com uma ética teleológica, o agente não deve deixar nunca de levar em consideração justamente aquilo que a deontológica desconsidera completamente:
      (I) as intenções do agente moral.
      (2) as circunstâncias dentro das quais ele exerce sua ação.
      (3) as previsíveis conseqüências da mesma podendo ser inferidas por ele [i.e. qualquer ser humano adulto em plena posse de suas faculdades mentais e dotado de discernimento, não necessariamente de qualquer forma de conhecimento especializado].
    Quando da leitura de um importante ensaio de Max Weber, Politik als Beruf (A Política como Vocação) * *, deparamo-nos com uma distinção de dois tipos de ética: Gesinnungsethik (ética da convicção) e Verantwortsungsethik (ética da responsabilidade).
    Antes de examinarmos o que entende ele por uma e por outra, deter-nos-emos numa passagem anterior em que ele se refere a uma “ética absoluta”, e tudo indica tratar-se de uma alusão à ética kantiana:
    “Há , por fim, o dever da verdade. É também ele incondicional, do ponto de vista da ética absoluta (...) Para dizer a verdade, se existe um problema de que a ética absoluta não se ocupa, esse é o problema das conseqüências” (Weber, 1993, pp.112-3).
    Weber considera as conseqüências da ação o fator mais relevante na conduta ética e aqui é imprescindível que o deixemos se expressar em suas próprias palavras:
      Desembocamos, assim, na questão decisiva. Impõe-se que nos demos claramente conta do fato seguinte: toda a atividade orientada segundo a ética pode ser subordinada a duas máximas inteiramente diversas e irredutivelmente opostas. Pode orientar-se segundo a ética da responsabilidade ou segundo a ética da convicção. Isso não quer dizer que ética da convicção equivalha a ausência de responsabilidade e a ética da responsabilidade, a ausência de convicção. Não se trata disso, evidentemente. Não obstante, há oposição profunda entre a atitude de quem se conforma às máximas da ética da convicção – diríamos, em linguagem religiosa, “O cristão cumpre seu dever e, quanto aos resultados da ação, confia em Deus – e a atitude de quem se orienta pela ética da responsabilidade, que diz: “Devemos responder pelas previsíveis conseqüências de nossos atos”. (Weber, 1993, p.113, o grifo é nosso).
      [obs. Na nossa cabeça não consegue entrar a idéia de uma ética digna desse nome, que não leve em consideração essa última recomendação weberiana!!!].
    Está claro, portanto, que isso que Weber chama de “ética da convicção” nada mais é do que ética do tipo deontológico, ao passo que aquilo que Weber chama de “ética da responsabilidade” nada mais é do que ética do tipo teleológico. A máxima caracterizadora da primeira seria plenamente endossada por Kant, para quem tudo o que importa é o cumprimento cego do dever, sem dar a mínima importância para as previsíveis conseqüências da ação desempenhada.
    O dever, por exemplo, é jamais mentir, ainda que a conseqüência advinda de não mentir seja a morte da própria mãe * * *. Pensador extremamente sensato, Weber se coloca visceralmente contra a tal da ética da convicção, que só pode alimentar os piores fanatismos trazendo as mais indesejáveis conseqüências. Primeiramente, Weber caracteriza o cego radicalismo incapaz de levar em consideração as conseqüências de uma ação:
      Perderá seu tempo quem busque mostrar, da maneira a mais persuasiva possível, a um sindicalista apegado à ética da convicção, que sua atitude não terá outro efeito senão o de fazer aumentarem as possibilidades de reação, de retardar a ascensão de sua classe e de rebaixá-la ainda mais – o sindicalista não acreditará.
      [obs. A referência de Weber a “um sindicalista”, vem bem a calhar, uma vez que um líder sindical está transformando o Brasil numa república anarco-sindicalista, sonho dourado dos pelegos gerados por Vargas, de João Goulart e Leonel Brizola].
    Ainda neste mesmo parágrafo, logo a seguir, ele caracteriza os expedientes ad hoc de que costumam se servir os partidários da ética da convicção:
      Quando as conseqüências de um ato praticado por pura convicção se revelam desagradáveis, o partidário de tal ética não atribuirá responsabilidade ao agente, mas ao mundo, à tolice dos homens ou à vontade de Deus, que assim criou os homens. O partidário da ética da responsabilidade, ao contrário, contará com as fraquezas comuns do homem (pois, como dizia muito procedentemente Fichte, não temos o direito de pressupor a bondade e a perfeição do homem) e entenderá que não pode lançar a ombros alheios as conseqüências previsíveis de sua própria ação. Dirá, portanto, “Essas conseqüências são imputáveis à minha própria ação”. (Weber, 1993, pp.113-4).
    Parece que o protonazista Johann Gottleib Fichte (1762-1814) tinha ao menos o mérito de ser contra, avant la lettre, o desequilibrado J.J.Rousseau e seu nobre selvagem.
    * Referimo-nos ao nosso ensaio inédito Sete Tipos de Mentira: aspectos lógicos, éticos e psicológicos
    * * Max Weber: “A política como vocação” em M. Weber: Ciência e Política: Duas Vocações, São Paulo, Editora Cultrix, 1993.
    * * * Vide a este respeito Mario A.L. Guerreiro: “Argumentando contra Kant: em defesa da mentira dentro de especiais condições” em Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n.o 159, Immanuel Kant: Bicentenário.
    Revista Jus Vigilantibus, Quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

    Sobre o autor:

    Mario Guerreiro
    Mario Antonio de Lacerda Guerreiro é doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC [Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência], da SBEC [Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos]. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Autor de Problemas de Filosofia da Linguagem (EDUFF, Niterói, 1985); O Dizível e O Indizível (Papirus, Campinas, 1989); Ética Mínima Para Homens Práticos (Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1995). O Problema da Ficção na Filosofia Analítica (Editora UEL, Londrina, 1999). Ceticismo ou Senso Comum? (EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999). Deus Existe? Uma Investigação Filosófica. (Editora UEL, Londrina, 2000) . Liberdade ou Igualdade? ( EDIPUCRS, Porto Alegre, 2002). Co-autor de Significado, Verdade e Ação (EDUF, Niterói, 1985); Paradigmas Filosóficos da Atualidade (Papirus, Campinas, 1989); O Século XX: O Nascimento da Ciência Contemporânea (Ed. CLE-UNICAMP, 1994); Saber, Verdade e Impasse (Nau, Rio de Janeiro, 1995; A Filosofia Analítica no Brasil (Papirus, 1995); Pré-Socráticos: A Invenção da Filosofia (Papirus, 2000) Já apresentou 71 comunicações em encontros acadêmicos e publicou 46 artigos. Atualmente tem escrito regularmente artigos para www.parlata.com.br,www.rplib.com.br , www.avozdocidadao.com.br e para www.cieep.org.br , do qual é membro do conselho editorial.

    Fonte de ambos textos: Jus Vigilantibus

    O Que é Esclarecimento? - Kant

    Li esse texto e achei incrível. Tenho ouvido muitas críticas ao Kant, me parece que está na moda, assim como me parece estar na moda falar bem do Nietzsche. O que eu penso é: Pessoas tem qualidades e defeitos, dizem coisas boas e ruins. Não vou desprezar tudo que alguém diz por causa de uma opinião mal-colocada ou até mesmo idiota. Esse é um bom texto, recomendo veementemente.


    Essa uma versão diferente da do livro que eu tenho. Mudam palavras, a forma dos parágrafos, mas o texto é o mesmo. A fonte é esta aqui. Recomendo a visita, pois o site contém alguns comentários extras. Aviso que fiz uma pequena adaptação: tirei as notas de rodapé, mas estão lá no site. Recomendo também a leitura do livro onde tive meu primeiro contato com este texto: Textos Básicos de Ética - De Platão a Foucault, de Danilo Marcondes. Informações aqui.

    O Que é Esclarecimento?
    (1784)
     
    Immanuel Kant
     
    Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade auto-imposta. Menoridade é a inabilidade de usar seu próprio entendimento sem qualquer guia. Esta menoridade é auto-imposta se sua causa assenta-se não na falta de entendimento, mas na indecisão e falta de coragem de usar seu próprio pensamento sem qualquer guia. Sapere aude! (Ouse conhecer!). “Ter a coragem de usar o seu próprio entendimento” é, portanto, o motto do Esclarecimento. Preguiça e covardia são as razões de a maior parte da humanidade, de bom grado, viver como menor durante toda a sua vida, mesmo depois de a natureza a muito tempo ter livrado-a de guias externos. Preguiça e covardia demonstram porque é tão fácil para alguns se manterem como tutores.
    É muito confortável ser um menor. Se eu tenho um livro que pensa por mim, um pastor que age como se fosse minha consciência, um físico que prescreve a minha dieta e assim sucessivamente, não tenho então necessidade de empenhar-me por conta própria. Se eu posso pagar, não tenho necessidade de pensar. Muitos poderão discordar comigo nessa matéria: os próprios guardiães que se encarregam de cuidar para que a esmagadora maioria da humanidade – e, dentro dela, todo o sexo feminino – não alcance a maturidade, não apenas por ser desagradável, mas extremamente perigosa. Tais guardiães tornam estúpido seu gado doméstico e cuidadosamente se previnem para que suas dóceis criaturas não tomem caminho próprio sem seus arreios. Assim, eles mostram para seu gado o perigo que pode ameaçá-los caso pretendam andar por sua própria conta.
    Na verdade, o perigo não é realmente tão grande quanto parece. Afinal, depois de tropeçar um pouco, todos aprendem a andar. Entretanto, exemplos de tropeços intimidam e geralmente desencorajam todas as novas tentativas. Portanto, é muito difícil para o indivíduo agir por sua própria conta e superar a menoridade, que se torna para ele quase uma segunda natureza. Assim, mesmo que esteja já amadurecido, o indivíduo é desde o início incapaz de usar seu entendimento por conta própria porque nunca se permitiu tentar fazer isso. Dogmas e fórmulas – estas ferramentas mecânicas para usos razoáveis (ou, pelo contrário, abusivos) das dádivas naturais dos indivíduos – são os grilhões de uma duradoura menoridade. O homem que se livra deles dá um salto incerto acima do abismo, mas este tipo de movimento livre não é comum. Eis a razão para o fato de que apenas poucos homens caminham decididamente e saem da menoridade, cultivando seus próprios pensamentos. No entanto, é praticamente certo que o público possa esclarecer-se. De fato, basta que a liberdade seja dada para que o esclarecimento torne-se praticamente inevitável.
    Sempre haverá pensadores independentes, mesmo entre os auto-intitulados guardiães da multidão. Uma vez que tais homens livrem-se do jugo da menoridade, derramarão sobre si o espírito de uma apreciação razoável do valor humano e de seu dever de pensar por conta própria. É interessante observar que o público que se manteve anteriormente sob o jugo destes guardiães, quando é incitado à revolta por alguns deles – que são incapazes de qualquer esclarecimento –, força-os posteriormente a permanecerem submissos. Isso demonstra o quanto é perigoso implantar preconceitos: estes eventualmente voltam-se contra seus próprios autores ou contra os descendentes dos autores. Portanto, apenas lentamente o público deve alcançar esclarecimento. Uma revolução pode levar ao fim de um despotismo pessoal ou de uma avarenta e tirânica opressão, mas nunca leva a uma verdadeira reforma dos modos de pensar. Novos preconceitos tomarão o lugar dos antigos como guias de uma multidão irracional.
    O esclarecimento requer nada além do que liberdade – e o mais puro de tudo isso é a liberdade de fazer uso público da razão em qualquer assunto. Por outro lado, o uso privado da razão freqüentemente pode ser restrito, mas isso não necessariamente retarda o processo de esclarecimento. Atualmente, ouço clamores de todos os lados: “Não questione!”. Os oficiais militares dizem: “Não questione, mexa-se!”. O coletor de impostos: “Não questione, pague!”. O pastor: “Não questione, creia!”. Somente um único soberano em todo mundo pode dizer: “Questiona tanto quanto quiseres, e sobre o que quiseres, mas obedeça!”. Nós encontramos restrições à liberdade em todo lugar. Mas qual restrição é nociva ao esclarecimento? Qual restrição é livre de erros e qual antecede o esclarecimento? Eu respondo: o uso público da razão deve ser livre todo o tempo e somente isso pode levar esclarecimento à humanidade.
    Por “uso público da razão” entendo o uso que um homem, como scholar, faz da razão diante de um público letrado. Eu chamo de “uso privado da razão” aquele uso que um homem faz da razão em um posto civil que lhe foi confiado. Em alguns negócios que afetam o interesse da comunidade, um certo mecanismo [governamental] é necessário, em relação ao qual alguns membros da comunidade permanecem passivos. Isto cria uma unanimidade artificial que servirá para o cumprimento dos objetivos públicos, ou ao menos para proteger tais objetivos da destruição. Aqui, questionar não é permitido: deve-se obedecer. Uma vez que um participante deste mecanismo se considera ao mesmo tempo parte de uma comunidade universal (uma sociedade mundial de cidadãos) – lembrando que ele pensa por sua própria conta como um scholar que racionalmente se dirige ao seu público através de seus escritos –, ele pode efetivamente questionar – mas nada sofrerão os assuntos com os quais ele está associado parcialmente como membro passivo. Portanto, seria um completo infortúnio se um oficial militar (no cumprimento de seu dever ou sob ordens de seus superiores) quisesse questionar a adequação ou utilidade de suas ordens. Ele deve obedecer. No entanto, como um scholar, ele certamente não poderia evitar de reconhecer os erros no serviço militar e deve expor suas visões ao julgamento de seu público. Um cidadão não pode deixar de pagar os impostos que lhe são cobrados – e impertinentes críticas a esses impostos podem ser punidas (como um escândalo que pode provocar uma desobediência geral). Não obstante, tal homem não viola os deveres de um cidadão se, como um scholar, publicamente expressa suas objeções a respeito da inadequação ou possível injustiça de tais impostos.
    Um pastor também é limitado a pregar para sua congregação de acordo com as doutrinas da igreja à qual serve, pois ele foi ordenado para isso. Mas como um scholar ele tem completa liberdade, na verdade, a obrigação, de comunicar a seu público todos os seus pensamentos cuidadosamente examinados e construídos a respeito dos erros nessa doutrina e expor suas proposições a respeito do progresso do dogma religioso e das instituições eclesiásticas – o que não é nada que possa sobrecarregar a sua consciência. No entanto, quando ensina seguindo seu ofício de representante da igreja, o pastor representa alguma coisa da qual ele não é livre para ensinar tanto quanto observar. Ele fala como alguém que é empregado para falar em nome e sob as ordens de alguém. O pastor dirá: “Nossa igreja ensina isso ou aquilo; estas são as provas que ela usa”. Nesse sentido, ele beneficia a sua congregação tanto quanto possível por apresentar doutrinas nas quais não acredita completamente, mas se compromete em ensiná-las pois não é completamente impossível que elas não possam conter alguma verdade oculta. Em todo caso, ele não encontrou nada nas doutrinas que contradiga o coração da religião. No entanto, se ele acredita que tais contradições existem, ele não estaria mais habilitado para administrar seu ofício com clareza de consciência. Ele teria que renunciar ao seu cargo.
    Portanto, o uso que um scholar faz de sua razão diante da congregação que o emprega é somente um uso privado (para uma audiência doméstica), não importa o quão importante seja. Em vista disso, o pastor, como um pregador, não é livre e nem deve ser livre se ele está encarregado das ordens de alguém. Por outro lado, como um scholar que fala para seu público (o mundo) através de seus escritos, o ministro – no uso público de sua razão – goza de liberdade ilimitada para usar sua própria razão e para falar por si. Que os guardiães espirituais do povo devam tratar a si mesmos como menores é um absurdo que resultaria em perpétuos absurdos.
    No entanto, deve uma sociedade de ministros, digo um Conselho Eclesiástico, ter o direito de se comprometer, por juramento, com uma doutrina inalterável de modo a assegurar-se como guia perpétuo acima de todos os seus membros e, através destes, acima do povo? Eu digo que isso é praticamente impossível. Tal contrato – concluído para privar a humanidade de qualquer novo esclarecimento – é simplesmente nulo ou vazio, mesmo que tenha sido confirmado por um poder soberano, parlamentos e pelos tratados mais solenes. Uma época não pode fazer um pacto que comprometa as idades futuras, não pode evitar que elas aumentem suas significantes inspirações, purifiquem-se de erros e gradativamente progridam no esclarecimento. Isso seria um crime contra a natureza humana, cujo destino assenta-se justamente em tal progresso. Portanto, as idades futuras têm pleno direito de repudiar tais decisões como desautorizadas e ultrajantes. A pedra de toque de todas essas decisões – que devem tornar-se leis para um povo – baseia-se nesta questão: Poderia um povo impor tal lei a si mesmo?
    Pode ser possível introduzir no momento presente uma ordem provisória enquanto se espera uma ordem melhor. Entretanto, enquanto tal ordem provisória continuar, cada cidadão – e, acima de tudo, cada pastor atuando como scholar – deve ser livre para publicar suas críticas das falhas das instituições existentes. Isso deve continuar até que a compreensão pública dessas questões vá tão longe que – unindo a voz de muitos scholars, mas não necessariamente todos – as propostas de reforma possam ser trazidas diante do soberano para proteger aquelas congregações que tenham decidido, de acordo com suas melhores luzes, alterar a ordem religiosa, sem prejuízo, entretanto, para aquelas congregações que queiram sinceramente permanecer nas instituições antigas. Mas concordar com uma constituição religiosa perpétua não passível a ser publicamente questionada por ninguém seria, como foi, aniquilar um período para o progresso do aperfeiçoamento humano. Isso deve ser absolutamente proibido.
    Um homem pode postergar seu próprio esclarecimento, mas somente por um período limitado. No entanto, suspender o esclarecimento de uma só vez, para si mesmo ou para seus descendentes, é violar e pisar nos sagrados direitos do homem. O que um povo não pode decidir por si mesmo, menos ainda pode ser decidido por um monarca, pois sua reputação como administrador consiste precisamente na maneira que une a vontade de todo o povo com a sua própria. Se o monarca percebe que toda verdade ou suposto progresso [religioso] permanece regulado ao nível da ordem civil, ele pode para o restante das coisas da fé deixar seus súditos livres para fazerem o que acharem necessário para a salvação de suas almas. Salvação não é assunto para monarca; é seu atributo impedir que todo homem seja compelido por outrem em matéria de fé, para que possa promover a sua própria salvação da melhor forma possível. De fato, seria prejudicial para a sua majestade que o monarca se imiscuísse nestes assuntos e vigiasse os escritos nos quais seus súditos expõem suas visões [religiosas], mesmo quando baseado na mais alta inspiração, pois assim expor-se-ia à reprovação: Caesar non est supra grammaticos [César não está acima dos gramáticos]. É ainda pior quando o monarca degrada seu poder soberano de modo a apoiar o despotismo espiritual de uns poucos tiranos no Estado em prejuízo do restante dos súditos.
    Quando nós perguntamos “Vivemos agora numa época esclarecida?”. A resposta é “Não”, mas vivemos numa época de esclarecimento. Tal como as coisas se apresentam agora, estamos longe de ver homens verdadeiramente capazes de usar sua própria razão em assuntos religiosos de forma confiante e correta sem guias externos. No entanto, temos óbvias indicações de que o campo de trabalho em direção à meta [da verdade religiosa] está sendo aberto agora. Mais ainda: os impeditivos contra o esclarecimento geral ou contra a saída de uma menoridade auto-imposta estão diminuindo gradativamente. Nesse sentido, esta é a idade do esclarecimento e o século de Frederico, o Grande.
    Um príncipe não deve pensar que desqualifica a dignidade de seu estamento pelo fato de não considerar ser seu dever guiar seus súditos em assuntos religiosos; pelo contrário, ele deve deixá-los em completa liberdade. Se ele repudia a arrogante palavra tolerante, ele é em si mesmo esclarecido; ele merece ser louvado por um mundo gracioso e próspero, como um homem que primeiro soube libertar a humanidade da dependência (ao menos de guia) e deixar todos usarem sua própria razão em assuntos de consciência. Em seu reinado, pastores honrosos – atuantes como scholar, malgrado os deveres de ofício – podem publicar livre e abertamente suas idéias para o mundo avaliá-las, mesmo que desviem aqui ou ali da doutrina aceita. Isso é tanto mais verdadeiro para as pessoas que não estão sujeitas a juramento de ofício. Este espírito de liberdade está espalhando-se para além das fronteiras [da Prússia], mesmo onde tem tido que lutar contra os impeditivos externos estabelecidos por um governo que falha em compreender seu verdadeiro interesse. [Frederico II da Prússia] é um claro exemplo de que a necessidade de liberdade não provoca o menor estorvo à ordem pública ou à unidade da comunidade.
    Quando deliberadamente não se mantém os homens no barbarismo, eles gradativamente superam tal condição por si mesmos. Eu tenho enfatizado o ponto principal do esclarecimento – o homem sair de sua auto-imposta menoridade – primeiramente em assuntos religiosos porque nossos administradores não têm interesse em se manter no papel de guardiães de seus súditos nas artes e nas ciências. Acima de tudo, menoridade em religião não é apenas nociva, mas desonrosa. Mas a disposição de um governo soberano em favorecer a liberdade nas artes e ciências vai mais além: o governante sabe que não há perigo em permitir que seus súditos façam uso público de sua razão e publiquem suas idéias a respeito da melhor constituição, assim como as suas cândidas críticas às leis básicas existentes. Nós já temos um flagrante exemplo [de tal liberdade], e nenhum monarca pode igualar-se àquele que nós veneramos.
    Somente o homem esclarecido, que não teme as sombras e comanda um exército ao mesmo tempo bem disciplinado e numeroso como mantenedor da paz pública, pode dizer aquilo que [o soberano de] um estado livre não pode ousar dizer: “Questiona tanto quanto quiseres, e sobre o que quiseres, mas obedeça!”. Assim, nós observamos aqui, como em qualquer outro assunto humano (em que quase tudo é paradoxal), uma surpreendente e inesperada cadeia de acontecimentos: se um amplo grau de liberdade civil parece ser vantajoso para a liberdade intelectual das pessoas, isso ao mesmo tempo estabelece insuperáveis barreiras; entretanto, um grau menor de liberdade civil dá a oportunidade para o espírito expandir-se até o limite de sua capacidade. Por isso, a natureza tem cultivado cuidadosamente a semente dentro de uma casca dura – nomeadamente, o desejo de e a vocação para o livre pensamento. E quanto mais este livre pensamento gradativamente resiste aos modos de pensamento do povo, mais os homens tornam-se cada vez mais capazes de agir em liberdade. Enfim, o livre pensamento age até mesmo nos fundamentos de governo, e o Estado acha isso agradável para tratar o homem – que é agora mais do que uma máquina – de acordo com sua dignidade.