sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Felicidade

Quarta-feira uma aluna me perguntou se sou feliz. Uma aluna brilhante, diga-se de passagem, que no Ensino Médio lê Marx e dialoga de igual com os professores. Coisa rara nesses dias. Respondi que isso é um pouco complexo e que responderia com calma. Também pedi a ela que estabelecesse um conceito de felicidade, pois isso faz parte do debate filosófico. Levei a conversa muito a sério, já que tem sido cada vez mais difícil encontrar pessoas para conversar sobre os assuntos que gosto.

Vou começar definindo minhas crenças a respeito da felicidade. Para mim, esta é a meta humana e o sentido da vida: ser feliz. Me baseio um pouco em Aristóteles também. A felicidade está em minha vida quando encontro equilíbrio entre o que quero fazer e o que tenho que fazer. Encontro esse equilíbrio geralmente quando as duas coisas são a mesma coisa. Por exemplo, meu trabalho. Preciso de dinheiro para sobreviver, afinal, estou em uma sociedade capitalista. Ao mesmo tempo amo compartilhar o que sei e aprender junto. Ou seja, quando a realidade não me esbofeteia, lecionar é extremamente gratificante. Não é trabalho, é ofício, tem uma função muito maior que simplesmente ganhar dinheiro. Se torna algo maior que eu, pois estou totalmente naquilo.

Respondendo claramente à pergunta de minha aluna, se sou feliz, posso dizer: sim e não. Não, porque estou patologicamente triste: tenho depressão. Sim, pois, todo meu esforço está em ser feliz a cada segundo e eu geralmente consigo ser a maior parte do tempo. Minha vida é boa, estou realizando meus sonhos aos poucos com meu esforço e ajuda de outras pessoas, tenho muita gente e bicho que me ama. Há muita coisa no mundo que me deixa triste sim, mas isso é passageiro e eu tenho a séria esperança de que essas coisas vão mudar com nossos esforços.

Essa é minha resposta. Agora é sua vez: você é feliz? Por quê?

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Atualização do currículo

Com tantas atividades, sempre acabo usando o Linkedin para me manter organizada e não esquecer dos cursos que fiz! E como este semestre está cheio de novidades em minha vida acadêmica, como a pós-graduação em Leitura e produção textual pela UFF, atualizei meu currículo.

Encerramento do período 2012.1 - filosofia - UFRJ

Termina esta semana o 1º semestre na UFRJ. Meu 2º período de filosofia. Este é um dos trabalhos que estou entregando para encerrar. Não lamento a greve, mesmo tendo que estudar nas férias de verão. Foi um movimento válido, que lutou por dignidade.

Adeus ser caloura! Olá, futura bacharel! :)


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Agressão

Na semana em que fui agredida em forma de cantada encontrei estes dois textos. A semana já passou, a sensação não.

Eles me fizeram pensar em como algumas vezes nos sentimos culpados quando somos agredidos e em como ao invés de recebermos suporte temos que calar nossa dor e "deixar pra lá", pois assim nos pedem.

Os textos podem não fazer este sentido, mas eles me tocaram desta forma.

Quer um copo de água com açúcar?

O que é culpa?




Planejamento de aula


O trabalho em sala é um trabalho acadêmico. Como tal se baseia em pesquisa, reflexão, método e orientação teórica. Existem professores cujas habilidades se baseiam em experimentação e improviso, mas até mesmo para eles o planejamento da aula é fundamental.

Uma aula contém um tema que será apresentado de determinado modo para determinado grupo de pessoas em determinado ambiente. Por isso o professor deve conhecer este ambiente e este grupo para apresentar o assunto proposto do melhor modo para obter os melhores resultados. Ou seja, uma aula não pode ser dada de qualquer jeito, pois assim corre-se o risco de não se alcançar objetivo algum. Objetivo este que também precisa estar pré-definido para ser alcançado.

Retirei o esquema abaixo da revista Nova Escola, que resume bem as etapas de planejamento.

Planejar requer:
  • pesquisar sempre;
  • ser criativo na elaboração da aula;
  • estabelecer prioridades e limites;
  • estar aberto para acolher o aluno e sua realidade;
  • ser flexível para replanejar sempre que necessário.
Leve sempre em conta:
  • as características e necessidades de aprendizagem dos alunos;
  • os objetivos educacionais da escola e seu projeto pedagógico;
  • o conteúdo de cada série;
  • os objetivos e seu compromisso pessoal com o ensino;
  • as condições objetivas de trabalho.
Com base nisso, defina:
  • o que vai ensinar;
  • como vai ensinar;
  • quando vai ensinar;
  • o que, como e quando avaliar.

domingo, 15 de julho de 2012

Competências, habilidades e contradições

Conheci este texto em um dos cursos que fiz no 1º semestre. Ele explica bem muitas das contradições existentes na educação brasileira. Não oferece soluções, mas nos ajuda a compreender e iniciar a reflexão em busca de maneiras de superarmos nossos problemas.Competências e Habilidades: Elementos para uma reflexão pedagógica

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A diferença entre gênero e tema

Essa é uma daquelas coisas que parecem óbvias para quem entende do assunto, mas na verdade se trata de conceitos razoavelmente complexos e que geram muitas dúvidas e confusões.

Pergunte a alguém: "qual o tema deste texto/filme qualquer?" e verifique.


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Gêneros Textuais



  • lypophrenia: a feeling of sadness seemingly without a cause
    drapetomania: an overwhelming urge to run away
    escapism: a mental desire to retreat from unpleasant realities through fantasy
    wanderlust: a desire to travel, to understand one’s very existence
    dysania: the state of finding it difficult to get out of bed in the morning
    sanctuary: a small safe place in a troubling world
    metathesiophobia: fear of change

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Projeto de lei quer impedir orientação sobre diversidade sexual nas escolas do Rio

Não participo de petições on-line, pois sei que por mais bem intencionados que estejamos ao assinar elas não possuem valor jurídico, o que as torna, muitas vezes, inúteis. Mas voltei a participar crendo que elas podem exercer alguma pressão política.

Hoje me deparei com esta petição: Pare o projeto de lei que apoia a homofobia nas escolas do RJ. Ela tenta impedir que seja votado o seguinte projeto de lei:

PROJETO DE LEI N° 1082/2011 
Veda a distribuição, exposição e divulgaçãode material  didático  contendo orientações sobre a diversidade sexual nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e de Educação Infantil da rede pública municipal  da Cidade do Rio de Janeiro  e dá outrasprovidências.
AUTOR: Vereador Carlos Bolsonaro

Minha justificativa ao assinar a petição foi:

Se a educação é necessária para o fim da ignorância, do preconceito e da violência ela não pode ser impedida pelo próprio Estado. 

Leia o projeto de lei, cuja votação foi adiada po ter recebido emendas. Se achar pertinente, assine a petição e espalhe para o mundo.

Imagem retirada do site da petição

sábado, 31 de março de 2012

Diversidade de gênero na escola

A questão da necessidade de se observar a diversidade de gêneros presentes na escola passa pelo respeito ao indivíduo e pela de compreensão de conceitos sócio-históricos, o que é proporciona uma abordagem crítica ao estudo de disciplinas como história, geografia e literatura principalmente.

Com relação ao respeito ao indivíduo:
  • A sua escola é mista ou atende apenas a um gênero?
  • Todos são heterosexuais?
Somos presos a um padrão de "normalidade", porém, é nosso papel manter em mente a heterogeneidade de pessoas que frequentam a escola, o que é considerado uma riqueza, pois há inúmeras possiblidades de colaboração que cada um pode oferecer sendo como é. E há ainda o caráter inclusivo da escola, que aceita a todos sem distinção.

Esses são os parâmetros que a Escola deve seguir. Ela está fazendo isso de verdade ou apenas em seu discurso?

Na sua escola você teria liberdade ou se sentiria seguro para trabalhar com as seguintes músicas?

Andrew in drag - The Magnetic Fields (Letra, fico devendo uma tradução completa)
Uma pena que ela não exista
Uma vergonha ele não ser bicha
A única garota que já amei era
Andrew travestido





Michael - Franz Ferdinand (Letra e tradução)
Isto é o que eu sou, eu sou um homem
Então, venha e dance comigo, Michael

Preconceito na escola: casos pontuais

Outros casos de preconceito dentro da escola que surgiram para mim sem que eu os procurasse, foram atualizações no facebook. É importante notar que os casos de preconceito na escola não surgiram agora, mas somente agora têm sido expostos.

É importante, ainda, ficarmos atentos e repensarmos nossas práticas, pois apenas por costume ou crença podemos cometer erros que afetam seriamente a vida de alguém. Está na hora de a Escola se examinar.

Escola de SP cola texto preconceituoso sobre gatos no mural dos alunos

Estudante diz sofrer agressões por intolerância religiosa

terça-feira, 27 de março de 2012

A escola como origem do preconceito

Em minhas leituras nesta semana me deparei com dois textos que apontam a escola como não apenas mantenedora de preconceitos, mas como fomentadora, como criadora.

 Educação nos terreiros: e como a escola se relaciona com crianças de candomblé, de Stela Guedes Caputo.

Este livro acabou de ser lançado e me parece leitura essencial. Stela Guedes Caputo pesquisou por quase 20 anos e acompanhou a vida e formação de crianças que precisavam esconder sua identidade religiosa para não sofrerem preconceito na escola. Preconceito este intimamente ligado à questão racial. E mantido pelas aulas de "religião".

Primeira travesti a fazer doutorado no Brasil defende tese sobre discriminação

Luma Andrade, funcionária da educação no Ceará, vai defender tese de doutorado sobre discrimição a travestis nas escolas públicas. Ela trata de como alunos devem reagir e que os professores precisam de melhor formação para que na escola não haja nenhum preconceito. Na entrevista ela relata o que vivenciou como aluna e funcionária e como a escola gera até mesmo violência contra os homosexuais.

Esses são assuntos importantes e não podem ser ignorados. A escola tem função social e precisa refletir sobre como tem desempenhado tal papel.

domingo, 11 de março de 2012

Ética Prática, de Peter Singer

Para começar os estudos em Ética.Peter Singer - Ética Prática

De volta ao IFCS, de volta ao blog

Depois de um ano e meio finalmente destranquei a matrícula para cursar o 2º período do bacharelado em filosofia. A piada é ter sido caloura por 2 anos. É ótimo rever o IFCS.

Como a graduação não é excluisividade, tentarei cursar (se o SIGA deixar) apenas ética e estética. Ética porque as aulas de Mário Guerreiro são fabulosas. Estética porque esse é o motivo de todo esse esforço.

Postarei pouco material aqui, mas é bom estar de volta, mesmo que seja, como sempre, dessa foma decadente.

Ramon Casas Carbó

sexta-feira, 2 de março de 2012

A FÁBULA DOS PORCOS ASSADOS

(Autor desconhecido)

 

Após um incêndio num bosque onde havia porcos, os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. Desde então, sempre que desejavam comer porco assado, incendiavam um bosque! Houve problemas, que foram sendo resolvidos com aperfeiçoamentos, criando-se um grande SISTEMA. Mas as coisas não iam lá muito bem: às vezes os animais ficavam queimados demais, em outras muito crus. O processo preocupava a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas eram grandes - milhões se alimentavam de carne assada e milhões se ocupavam da tarefa de assá-los. Portanto o SISTEMA não podia falhar. Mas quanto mais crescia a escala do processo, tanto mais parecia falhar e tanto maiores eram as perdas causadas. Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Era clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos passaram a ser realizados anualmente para encontrar uma solução. Mas não acertavam na melhoria do SISTEMA. As causas do fracasso do SISTEMA, segundo especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não ficavam onde deveriam, ou à natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra, ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava no lugar, no momento e na quantidade das chuvas... Como se vê as causas eram difíceis de determinar; na verdade, o sistema para assar porcos era complexo. Montou-se uma grande estrutura: maquinaria diversificada, indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiários - que eram também especializados: incendiários da Zona Norte, da Zona Oeste, etc., noturnos e diurnos, com especialização em matutino e vespertino, de verão, de inverno, etc. Havia especialistas também em ventos - os anemotécnicos. Havia um Diretor Geral de Assamento e Alimentação Assada (DGAAA), um Diretor de Técnicas Ígneas (DTI, com o seu Conselho Geral de Assessores), um Administrador Geral de Reflorestamento (AGR), uma Comissão Nacional de Formação Profissional em Porcologia (CNFPP), um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias (ISCUTA) e o Bureau Orientador da Reforma Ígneo-Operativa (BORI). Encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação, utilizando-se regiões de baixa umidade e onde os ventos não soprariam mais do que três horas seguidas. Milhões de pessoas trabalhavam na preparação dos bosques, que depois seriam incendiados. Especialistas estrangeiros estudavam a importação das melhores árvores e sementes, fogo mais potente, etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno. Formaram-se professores especializados na construção destas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações; fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações, etc. As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar o fogo de forma triangular, depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que a temperatura média da floresta atingisse 47 graus, posicionar ventiladores gigantes em direção oposta à do vento, de forma a direcionar o fogo, etc. Poucos especialistas estavam de acordo entre si; cada um baseava as suas idéias em dados e pesquisas específicos. Um dia, um incendiário categoria AB/SODM-VCH (Acendedor de Bosques especializado em Sudoeste Diurno, Matutino, com bacharelato em Verão Chuvoso), chamado João Bom-Senso, pensou e disse que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava matar o porco escolhido, limpar e cortar adequadamente o animal, colocando-o então sobre uma armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne. Informado sobre as idéias do funcionário, o DGAAA mandou chamá-lo ao seu gabinete e depois de ouvi-lo pacientemente, disse: – Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas, na prática, não funciona. O que faria o senhor, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades? – Não sei – disse João. – E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os projetistas de instalações para porcos, com as suas novas máquinas purificadoras automáticas de ar? – Não sei. – E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no estrangeiro, e cuja formação custou tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que lhes faço, se a sua solução resolver tudo? Hein? – Não sei – repetiu João, encabulado. – O senhor percebe agora que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? Não vê que, se tudo fosse tão simples, os nossos especialistas já teriam encontrado a solução muito tempo atrás? Com certeza compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas ... sem chamas! O que espera que eu faça aos quilômetros e quilômetros de bosques já preparados, cujas árvores são tão especializadas que não dão frutos nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me. – Não sei não, senhor. – Diga-me, em relação aos nossos três engenheiros em Suino-Piro-Tecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor? – Sim, parece que sim. – Pois então?! O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Suino-Piro-Tecnia indica que o nosso sistema é muito bom. O que faria eu com indivíduos tão importantes para o país? – Não sei. – Percebeu? O senhor tem é que trazer soluções para certos problemas específicos – por exemplo: como melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (a nossa maior carência), como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o SISTEMA, e não transformá-lo radicalmente, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez! – Realmente … eu estou perplexo! – respondeu o João. – Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não ande por aí dizendo que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que imagina. Agora, aqui entre nós: devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia. Isso poderia trazer-lhe graves problemas a si e ao seu cargo. Não por mim … o senhor entende. Eu digo isto para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor bem sabe que pode apanhar outro superior menos compreensivo, não é assim? João Bom-Senso, coitado, não disse nem mais um "a", sobre o assunto. Sem se despedir, meio atordoado, meio assustado, com a sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e nunca mais ninguém o viu.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pelo direito de ser quem se é

Houve um tempo em que os negros passaram a imitar os brancos para provar que eram tão bons quanto eles, que também eram pessoas. Alisaram cabelos, adotaram suas roupas e costumes.



Houve um tempo também que foi a vez das mulheres: a vez de as mulheres tentarem provar que eram tão boas quanto qualquer outra pessoa e não um homem defeituoso. Vestiram calças e foram trabalhar.

Hoje é o tempo em que você pode ser muitas coisas. Mas mesmo que muito tenha sido conquistado, ainda falta o total respeito. Neste momento, nos resta sermos nós mesmos e provar que temos valor sendo quem somos do jeito que somos. É o momento das ações afirmativas.


Ser Sustentável com Estilo é Ser Sentir Bonita from Ser Sustentável com Estilo on Vimeo.