Em minhas leituras nesta semana me deparei com dois textos que apontam a escola como não apenas mantenedora de preconceitos, mas como fomentadora, como criadora.
Educação nos terreiros: e como a escola se relaciona com crianças de candomblé, de Stela Guedes Caputo.
Este livro acabou de ser lançado e me parece leitura essencial. Stela Guedes Caputo pesquisou por quase 20 anos e acompanhou a vida e formação de crianças que precisavam esconder sua identidade religiosa para não sofrerem preconceito na escola. Preconceito este intimamente ligado à questão racial. E mantido pelas aulas de "religião".
Primeira travesti a fazer doutorado no Brasil defende tese sobre discriminação
Luma Andrade, funcionária da educação no Ceará, vai defender tese de doutorado sobre discrimição a travestis nas escolas públicas. Ela trata de como alunos devem reagir e que os professores precisam de melhor formação para que na escola não haja nenhum preconceito. Na entrevista ela relata o que vivenciou como aluna e funcionária e como a escola gera até mesmo violência contra os homosexuais.
Esses são assuntos importantes e não podem ser ignorados. A escola tem função social e precisa refletir sobre como tem desempenhado tal papel.
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