quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Adeus, Osíris

Numa manhã de terça enquanto calço meus sapatos para ir trabalhar uma vizinha bate à porta:

- Seu gato está internado, vamos vê-lo.

E eu fui. E era ele. E ele estava péssimo, mas me reconheu e eu fico feliz de termos nos visto este último momento.

Agradeço muito à vizinha. Se não fosse por ela ele teria morrido na rua sem cuidado e sem carinho. Morreu horas depois de eu vê-lo, no consultório do veterinário, lugar que ele adorava e visitávamos bastante, já que ele tinha rinotraqueite e giardise. Ele tinha acabado de receber alta desta última, já que levou quase um ano para eu poder levá-lo ao veterinário para tratá-lo da diarréia constante do qual ele sofria. Só depois disto ele passou a manter o peso.

Quando eu encontrei naquele estado deplorável, um filhote cabeçudo e absudamente desnutrido, coberto de fezes, a quem eu dava leite especial todos os dias até ele ficar forte, eu chorei. Agora eu choro pela humanidade, por causa de uma criatura desumana e desalmada que roubou meu filho-gato de mim, que o envenenou e o largou na rua humilhado.

Mas o que eu me lembro é que ele era muito mimado, muito amado por todos, um grande brincalhão e sedutor de gatinhas inocentes.

Osíris, até breve!




Este é um video dele, da época em que ainda tinha giardise. Mas ele era fofo.

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