sexta-feira, 29 de julho de 2011

Nativos e imigrantes digitais


Eu sou o seu professor! - Atividade da formação continuada do Seeduc-RJ

Depois de assistir ao vídeo da "Amanda Gurgel". Contribua na wiki "Professor Hoje" com uma atividade ou característica ou perfil do professor frente aos alunos nativos digitais. 
Ser professor hoje é, de certa forma, como ser professor sempre: o desafio de ensinar é o mesmo em qualquer época. Hoje, porém, o nosso contexto de trabalho comporta complexidades que não existiam antes. Não devemos pensar que o passado era melhor. O importante agora é compreender com o que estamos lidando. O mundo mudou. As pessoas mudaram. É isso que estamos enfrentando. Enquanto a tecnologia avança a humanidade parece estar em retrocesso e os processos humanos parecem estar se tornando ultrapassados diante do virtual e do digital. Entro em sala e não vejo respeito nem consigo nem com o outro. Não há fraternidade. Não há amor ao conhecimento. Não nos enganemos de que ao saber usar a internet nossos alunos sabem tanta coisa. A maioria das pessoas na internet, mesmo na 2.0 é mero espectador e consumidor. Repassar um video pode ser colaborar, mas não é criar. E nossos alunos são assim. Sem contar que nos preocupamos aqui tanto com os alunos digitais e nos esquecemos que grande parte de nossa clientela é pobre. Muitos nunca usaram um computador. Não podemos deixá-los de lado. Devemos ajudar nossos alunos a usar essas novas ferramentas. Devemos utilizá-las em nossas aulas, pois são úteis. Devemos formá-los para esta nova realidade sim, mas devemos observar bem a realidade de nossos alunos e compreender o que realmente precisam com relação ao aprendizado, seja ele digital ou não. Não podemos acompanhar o sentimento deste mundo e esquecer o humano que há em cada aluno.

domingo, 24 de julho de 2011

A importância das novas tecnologias no aprendizado das crianças

Quadro do Bom Dia Rio comenta o uso das tecnologias na educação e o auxílio-cultura da rede estadual do Rio de janeiro. Recebi e comprei livros para meu prazer e enriquecimento e um violão para usar nas aulas.


Olhando os arquivos do meu blog é possível ver que fiz um curso de TICs (tecnologias da informação e comunicação) ano passado e me beneficiei muito, pois aprendi como incluir mais recursos em minhas aulas e refletir como eles podem colaborar com a aprendizagem, sem serem uma mera desculpa para uma aula "interessante", mas uma ferramenta de auxílio real.

De forma geral tenho feito muitos cursos on-line, tantos que nem sobra tempo de postar sobre eles no blog e só tenho lucrado com isso, melhorando minha formação e ampliando minhas perspectivas.

sábado, 9 de julho de 2011

Indisciplina na escola

Encontrei um excelente artigo com o título acima. É um dos poucos que já li que respeitam todos os aspectos envolvidos no problema. A maioria apenas culpa o professor por não ter autoridade e não ter postura. E isso lembra meu primo, futuro professor, que sempre questiona o que é, afinal, ter postura.

Marcus Tavares encontrou as palavras que eu precisava para expressar o que eu já sentia: a indisciplina é um problema social. Agora, pensemos: há como a escola, sendo uma instituição social, resolver situações que permeiam toda a sociedade?

Ao final do artigo há a seguinte pergunta: você, professor, também vivencia esta indisciplina na sua sala de aula? Como você lida com isso?

Sim, eu vivencio. E lido com isso como posso. A cada dia tentando o que parece ser mais adequado ao momento. Às vezes consigo conversar, às vezes tenho que ser rígida. O invariável é o sofrimento de todos.

Abaixo o texto na íntegra. Peço a todos que lerem que visitem a postagem original e deixem seu comentário respondendo a pergunta que eles fizeram. Este é um assunto que devemos discutir.


Por Marcus Tavares
Jornalista e professor. Editor da revistapontocom.

Indisciplina. Se você tem filhos, sobrinhos ou netos, sabe o que significa esta palavra. E, com certeza, já discutiu bastante sobre este assunto em casa. Quando a indisciplina parte então de adolescentes, o problema complica ainda mais. Que o digam os professores. É fato que a indisciplina sempre existiu no ambiente escolar, mas arrisco dizer que ela vem se tornando uma rotina desgastante, estressante e, às vezes, insustentável.
Não podemos generalizar, mas me parece que boa parte dos adolescentes perdeu completamente o respeito para com o professor. Não existe o entendimento de que o mestre, na sala de aula, é uma autoridade. É preciso deixar claro que não se trata de um autoritário, mas de alguém que tem autoridade, sim, na condução do ensino.
Sabemos que esta autoridade não é nem deve ser dada, mas cultivada e construída na escuta e no diálogo, na percepção de ambos — alunos e professores — de que há deveres e direitos. Porém, quem disse que os alunos estão interessados nesta conversa? Quem disse que os estudantes se esmeram em cumprir seus deveres? Ledo engano. Os deveres são deixados de lado. Mas os direitos…
Culpar a família ou a própria mídia pela indisciplina, como destaca a pesquisa ‘Observatório do Universo Escolar’, não resolve o problema, embora seja um bom marcador de avaliação. Afinal, são duas instâncias de ensino e de exemplos, que acabam repercutindo na escola.
Não faltam no mercado atividades e dicas de como reverter a indisciplina na sala de aula. Os professores estão atentos. Mas tenha certeza, você, leitor, que não é professor: o relacionamento com os jovens é cada vez mais difícil. Boa parte deles acha que sabe tudo e não quer viver sob regras.
Como então podem  co-existir respeito, diálogo e escuta? Como exigir respeito, diálogo e escuta numa sociedade que enaltece o individualismo e empodera a juventude. Se os adolescentes não aprendem com a família, nem com a mídia, com o que passam o maior tempo do dia, o que dirá com a escola? A indisciplina está fora de controle.